Eliminação revela falta de compromisso com regulamento

Estrela do Mar e São Pedro fizeram um jogo tenso desde o início. Basta dizer que em duas cobranças de lateral do jogador Cainã, do São Pedro, o árbitro deu reversão, alertando-o que a bola deveria sair de traz da cabeça. Na verdade, foi um primeiro tempo de chutões, durante os 45 minutos iniciais. Entretanto, o São Pedro apresentava um futebol mais coletivo, com seus jogadores distribuindo melhor a bola. O Estrela, que tinha a responsabilidade de se manter no topo da tabela, tentava pegar a boa defesa do São Pedro desprevenido, rifando a pelota em direção ao artilheiro Filipi, que reclamava do isolamento e do árbitro Pablo da Silva, quando foi chamado a atenção pelos seus companheiros, receosos de uma expulsão.

Com um volume de jogo maior o São Pedro deu o primeiro chute logo aos dois minutos de jogo, através do meia Tiaguinho. Aos 17 minutos o Estrela, que partia nos contra-ataques, assustou com um forte chute do atacante Marquinho, que obrigou o, recém casado, goleiro Rogério a uma difícil defesa. Apesar do jogo disputado, mas limpo, o rubro negro tinha as melhores oportunidades.

O jogo transcorria com essa configuração até que o árbitro Pablo da Silva mostrou o cartão amarelo para o jogador, de número 9 na camisa, Fernando, do São Pedro. O técnico Silvio Lúcio, então, saca este jogador, que se constituía em um dos melhores jogadores em campo, para colocar Yuri. Algum tempo depois, tirou Douglas Tardin, o mais habilidoso da equipe rubro negra, para lançar Diego Luiz. O Estrela do Mar, aproveitou o deslize, e passou a pressionar até que, aos 10 minutos da etapa final, Marquinho recebeu um passe perfeito, penetrou na área adversária, passou pelo goleiro Rogério e, com muita categoria, empurrou para o fundo das redes, no gol que deu a vitória ao Estrela do Mar. Nos minutos finais, o artilheiro Filipi ainda perdeu dois gols feitos.

Nota Triste: A suspensão dos jogadores Kleber e Clodoaldo, do Vargem Alta, por ofensas ao árbitro da partida contra o São Pedro, realizada no último domingo, dia 19 de setembro, em que o time rubro negro venceu por 2 x1, detonou uma crise no futebol amador da região serrana e revela a ausência de compromisso com a palavra de dirigentes de clubes.

Segundo o presidente da ARCANF, André Carestiato, em nota oficial enviada para esta coluna esportiva, o Vargem Alta, através de seu representante, Sr. Hélio Bazílio, não aceitou a suspensão de dois jogos imposta aos dois jogadores. O dirigente, segundo André, exigiu o uso do regulamento antigo, mesmo tendo participado da reunião que aprovou um novo regulamento para a temporada 2010.

Em represália à decisão da ARCANF, em não mudar o novo regulamento, como exigia a diretoria do clube alvinegro, o Vargem Alta faltou ao compromisso do domingo contra o Lumiar, pela quarta rodada da competição, perdendo por WO, de acordo com artigo nº 8 do regulamento da Copa Rural 2010.

O Vargem Alta, que ocupava a última posição na tabela de classificação, deixa a competição de forma melancólica, desrespeitando um acordo assinado, um distrito inteiro, de pessoas trabalhadoras, e sua empolgada torcida, representada, inclusive, pela belíssima Ketlyn Braga, Garota Rural Vargem Alta,  manchando, com esta atitude, o título de 2009,conquistado com grande bravura e brilhantismo.