segunda-feira, 29 de março de 2010

Estrela vence Boa Esperança...


Não adiantou implorar para o juíz voltar para o segundo tempo. Depois que a porrada estancou, no campo do São Pedro, o assoprador de apitos preferiu ir para casa cuidar da família e assistir Flamengo e América, transmitido, ao vivo pela rede Globo. Até a famosa domingueira do Botequim só teve quórum depois do clássico televisivo.

No campo, após o intervalo, o jogador Gogô, com o apito na mão, tentava convocar algum incauto para assumir a vaga aberta pelo árbitro que abandonou o emprego pouco promissor. Quando perguntavam o motivo pelo qual o dono do apito havia abandonado a peleja, o jogador respondia tentando convencer: “Não foi nada demais, ele saiu porque levou uma tapa depois que expulsou fulano”.

Com esse histórico ficou difícil arrumar alguém para poder reiniciar a partida. A solução, encontrada, então, pelos jogadores de São Pedro e Santo Antônio, foi sentar no gramado e pôr a reza em dia.

Ao assumir a função insalubre, por sua conta e risco, Janio, herói e roupeiro do time rubronegro , conduziu a partida com muita desenvoltura. Aboliu o cartão vermelho, que traz muito azar e desgraça, e esnobou ao dar um longo silvo no único gol marcado pelo Santo Antônio.

Ao final, no clássico dos santos, o novo juiz agradeceu, aos céus, o segundo tempo sem terremotos ou tsunamis, vencido pelo São Pedro, por dois a um, com gols de Wellington, expulso, e Tomáz. E quem disse que santo de casa não faz milagre?

Em outro amistoso, o Estrela do Mar venceu o Boa Esperança, por 3 a um, enquanto o técnico da casa, Chico Duro, tomava uma gelada, com os amigos, no Bar do Clube, assistindo, pela tv, o Diabo ser exorcisado pelo Urubú no Marcacanã.

O zagueirão Ignácio foi expulso ainda na etapa inicial. O motivo do cartão cor de sangue, um esbarrão no atacante "cabeludo" e "boa praça" do time do Boa Esperança, deixou o jogador tão irritado que saiu esbravejando: "É isso que dá marcar pelada..."




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